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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu , Lygia e Chico... assim como a surdez!


Quem está no eixo Graduação – Pós Graduação conhece muito bem do que se trata o termo “leitura técnica”, quando se envereda por um caminho que vc não sabe bem se pode trilhar, e lhe faltam pedras para pisar (muitas vezes, nem são de brilhantes) vc recorre a um livro.



Eu, no meu começo, gostava muito de Libras ( e ainda gosto), mas comecei a conhecer surdos de todos os tipos e identidades, e começou a dar um nó! Por que esse usa Libras, porque aquele fala como se fosse estrangeiro, porque esse me entende e o outro não? como esse não fala nem usa língua de sinais? E percebi que a Língua de Sinais foi só o trampolim, era preciso escutar com os olhos as vozes desenhadas no espaço, porque mesmo na leitura labial, são os olhos que se comunicam com os lábios... um mundo visual.


Bom, pra trilhar esse caminho, foram mais de 30 livros sobre surdez, e ainda tem mais por aí, mas chega uma hora, que a informação precisa de poesia, precisa de troca, precisa de algo mais do que o técnico. Aí que entram dois caros amigos, Chico Buarque e Lygia Bojunga.


Conheci o Chico em uma aula daqueles professores que marcam sua vida no Ensino Médio, sabe como é adolescente, não ta nem aí para que o professor tenta ensinar... mas naquele dia eu estava, então ele trouxe “A Banda”, e falou sobre o conteúdo da letra, da época da ditadura, em que a arte era uma das formas de expressão mais contundentes e como era preciso ser perspicaz para censura não barrar, daquele dia, Chico veio comigo. Nas semanas mais corridas do Mestrado, é ele quem toca um violãozinho pra que minhas ideias que deram uma escapada voltem mais mansinhas, pra mim, é o “encantador de ideias”, eu travo, ele toca, elas voltam...


Com a Lygia, foi na minha 2ª. pós-graduação, em Psicopedagogia, aula de Psicanálise... mais uma vez, uma professora que marcou minha carreira. Sem pretensão, nos trouxe um livro “A Bolsa Amarela” da Lygia Bojunga, uma história infantil, porém tínhamos que ler mais do que as entrelinhas, tínhamos que conversar com a personagem e tentar descobrir porque ela nos dizia tudo isso... Essa semana, a Lygia apareceu de novo, cansada de ler tantos artigos e com mais 20 na fila ainda, recorri a minha estante pra procurar algo por lazer, e lá estava ela, em “Paisagem”, me esperando.. 70 páginas em duas horas. Que alivio! Agora sim, ideias vindo e flutuando... dessa vez o estresse do prazo não conseguiu me pegar.


Por isso que persigo o Bakhtin, sabe como são os russos, as vezes eles falam russo pra gente, mas eu ainda pego esse danado! Tem tudo a ver comigo, arena de vozes, todo enunciado exige uma resposta e por aí vai...






Enquanto isso...


“ a gente vai levando... a gente vai levando essa chama” Chico Buarque.







Obrigada professores Robson, Magda e Ana Cristina, cada um me apresentou um amigo novo!

* Quem é seu amigo??? * a vida fica mais leve com eles ;n)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

RODA VIVA- CHICO BUARQUE- 1966

Semana do Chico no meu playlist... será que é por causa da eleição??
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Roda Viva

Composição: Chico Buarque

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas rodas do meu coração...(4x)

AS UNIVERSIDADES MAIS INFLUENTES DO MUNDO

Nada como investimento pesado na Educação, infelizmente quem quer viver de pesquisa científica, tem que sair da pátria amada Brasil!

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As universidades mais influentes do mundo




São Paulo - A revista Times Higher Education (THE), em parceria com o grupo de mîdia Thomson Reuters, publicou este mês o ranking de melhores universidades do mundo de 2010-11.



Foram ouvidos 13.388 acadêmicos pelo planeta. Treze indicadores de desempenho foram divididos em 5 grandes categorias: ensino (o ambiente de aprendizagem, valendo 30% da nota), o impacto das citações (ou a medida da influência das pesquisas do instituto, valendo 32,5% da nota), pesquisa (quantidade, renda e prestígio, valendo 30% da nota), influência internacional (do corpo docente e discente, valendo 5%) e rendimento industrial (um medidor da transferência do conhecimento, valendo 2,5%).



Os Estados Unidos ficaram na frente do ranking de melhores universidades: 15 das 20 melhores instituições do planeta são americanas. Segundo Ann Mroz, editora da THE, o motivo é o maior investimento que o país dá à educação, em comparação com os outros (3,1% de seu Produto Interno Bruto, comparado com 1,5% médio do mundo).



A primeira universidade brasileira a aparecer no ranking é a USP, em 232º posição. A THE considera que as colocações de 200 a 400 são uma “posição indicativa”, pois há apenas pequenas diferenças entre as pontuações.

fonte: http://portalexame.abril.com.br/carreira/faculdades/noticias/universidades-mais-influentes-mundo-599387.html

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

OS VETOS NA LEI DE INTÉRPRETES - POR QUÊ ?

Lei nº 12.319, de 1º de Setembro de 2010


Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.


MENSAGEM Nº 532, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010.


Senhor Presidente do Senado Federal,

Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 66 da Constituição, decidi vetar parcialmente, por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei nº 325, de 2009 (nº 4.673/04 na Câmara dos Deputados), que "Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS".

ouvidos, os Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego manifestaram-se pelo veto aos seguintes dispositivos:



Arts. 3º e 8º

"Art. 3º É requisito para o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete a habilitação em curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa.

Parágrafo único. Poderão ainda exercer a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras - Língua Portuguesa:

I - profissional de nível médio, com a formação descrita no art. 4º, desde que obtida até 22 de dezembro de 2015;

II - profissional que tenha obtido a certificação de proficiência prevista no art. 5º desta Lei."

"Art. 8º Norma específica estabelecerá a criação de Conselho Federal e Conselhos Regionais que cuidarão da aplicação da regulamentação da profissão, em especial da fiscalização do exercício profissional."

Razões dos vetos
"O projeto dispõe sobre o exercício da profissão do tradutor e intérprete de libras, considerando as necessidades da comunidade surda e os possíveis danos decorrentes da falta de regulamentação. Não obstante, ao impor a habilitação em curso superior específico e a criação de conselhos profissionais, os dispositivos impedem o exercício da atividade por profissionais de outras áreas, devidamente formados nos termos do art. 4º da proposta, violando o art. 5º, inciso XIII da Constituição Federal."

Art. 9º

"Art. 9º Ficam convalidados todos os efeitos jurídicos da regulamentação profissional disciplinados pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005."

Razão do veto

"O Decreto nº 5.626, de 2005, não trata de 'regulamentação profissional', limitando-se a regulamentar a Lei nº 10.436, de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 2000, que estabelece a obrigação de o poder público cuidar da formação de intérpretes de língua de sinais."

Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar os dispositivos acima mencionados do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.

Publicação:

Diário Oficial da União - Seção 1 - 02/09/2010 , Página 43 (Veto)
 
fonte:http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2010/lei-12319-1-setembro-2010-608253-veto-129310-pl.html

LEI DE INTÉRPRETE DE LIBRAS

Intérprete de Libras tem profissão regulamentada em Lei



Foram seis anos de tramitação do projeto

segunda-feira, 6 de setembro de 2010 às 9:19h



Esse profissional deverá ser gabaritado com formação para se enquadrar nos requisitos da lei
Foi publicado no Diário Oficial da União a regulamentação da profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais. De acordo com a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o profissional poderá passar atividades pedagógicas em instituições de ensino, atuar em concursos e auxiliar na acessibilidade de surdos para serviços públicos.

Esse profissional poderá ainda prestar serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais. “A regulamentação irá beneficiar a todas as pessoas que já trabalham com interpretação e tradução da língua”, concorda a tutora do Portal Educação, educadora, Emileide da Costa.

O projeto foi proposto em 2004 pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Só no ano passado foi aprovado pela Câmara e na quinta-feira publicada como lei. Segundo consta no Diário, a formação profissional deve ser feita por cursos de educação profissional, de extensão universitária ou de formação continuada, promovidos por universidades e instituições credenciadas por Secretarias de Educação, inclusive organizações que representam os surdos.

Foi vedado artigo que previa como requisito o curso superior de tradução e interpretação, após avaliação dos Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego, assim como a criação de conselhos específicos para a área. De acordo com a lei, ainda deverá ser aplicado um exame nacional de capacidade em tradução até dezembro de 2015.

FONTE: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/noticias/41606/interprete-de-libras-tem-profissao-regulamentada-em-lei#

Confira as leis sobre Libras na íntegra:

LEI 10.426/2002 - LEI QUE REGULAMENTA A LIBRAS COMO LÍNGUA DA COMUNIDADE SURDA NO BRASIL

DECRETO 5626/05

LEI 12.319/10 - LEI QUE REGULAMENTA A PROFISSÃO DE INTÉRPRETE DE LIBRAS

Sally Poubel - O peregrino

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A estrela do mar... bem contextualizado


Bom, sei que essa história é bem conhecida na Internet, algumas pessoas podem até achar piegas demais, mas nessa semana, essa é a minha história... algumas vezes fui a menina e outras a estrela do mar...
Obrigada Deus por pessoas tão especiais que trabalham comigo :n) Por elas, vale a pena continuar!
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Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.
“Por que está fazendo isso?”perguntou o escritor.
“Você não vê?”explicou o jovem “A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia”.
O escritor espantou-se:
“Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma”.
O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor:
“Para essa aqui eu fiz a diferença…”
Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.
Faça diferença na vida de alguém hoje. Uma palavra de estímulo, um pequeno elogio é algo que com certeza vai ser importante.

domingo, 12 de setembro de 2010

Passos para a inclusão no Brasil

Prefeitura colocará auxiliar para alunos com deficiência

Dom, 12 Set, 09h28
Este é o primeiro ano de Lucas Ribeiro, de 14 anos, na escola. Matriculado na 4.ª série, ele, que tem síndrome de Down e é surdo, progride a cada dia, interagindo com colegas e professores. Lucas é um dos 14 mil alunos com deficiência na rede regular municipal de São Paulo que, a partir de outubro, serão beneficiados com as iniciativas do projeto Inclui, que prevê a expansão da quantidade e da qualidade dos serviços de educação inclusiva, integrando-os com a saúde pública e a assistência social.

Entre as principais metas do programa, que será lançado na terça-feira, está a contratação de 500 auxiliares de vida escolar para cuidar dos 697 estudantes com deficiências graves que, sem a ajuda, não conseguiriam frequentar a escola. Esses profissionais serão responsáveis pela higiene, locomoção e socialização das crianças. "Algumas crianças usam fraldas, sondas. O professor não tem condições de cuidar disso. É esse profissional, selecionado na própria comunidade, que vai apoiar o aluno", explica o secretário de Educação, Alexandre Schneider.
O Inclui é uma parceria entre a secretaria e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, entidade ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O projeto prevê uma equipe multidisciplinar com 57 profissionais da saúde - como neurologistas, psiquiatras, nutricionistas, enfermeiros e pediatras - para apoiar o Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão, órgão da Prefeitura.
"A ideia é acompanhar o desenvolvimento das crianças, verificando se os pais estão marcando e comparecendo às consultas indicadas por esses médicos", afirma Silvana Drago, responsável pela educação especial na secretaria.
A compra de mobiliário e materiais e a reforma das escolas também entram no Inclui. As seis escolas especiais da rede devem ser reformuladas para funcionar como escolas bilíngues para surdos e surdos com múltiplas deficiências. A verba para educação especial da pasta para este ano é de R$ 55,7 milhões. Para o ano que vem, estão previstos R$ 76,9 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para não dizer que não falei das flores

Saudações!
Ontem meus alunos me contaram sobre um tal vídeo no Youtube, sobre as "bizarras" canditaduras de astros da música e outros afins como o Tiririca. O pior, é que podem até ser eleitos, pelo voto mais popular. Aonde vai a política do Brasil? Essa eleição de 2010 tem me preocupado bastante, em relação a presidência, senadores e por aí vai, alguns ressuscitaram mesmo depois de escândalos passados, aparecem sorrindo na televisão... outros partidos tentam processar pessoas que utilizam a liberdade de expressão...
Tudo isso, me lembra com saudades de uma música sobre um período que o Brasil parece esquecer, ao ponto de não dar valor ao seu voto. Valorize seu voto!!

 Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Composição: Geraldo Vandré
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantado e seguindo a canção
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer.

fonte: http://letras.terra.com.br/geraldo-vandre/46168/

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Horário eleitoral não contempla deficiente

domingo, 5 de setembro de 2010 7:04

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC


Nomes esdrúxulos e propostas inviáveis à parte, as propagandas de candidatos na televisão, que atingem maior número de eleitores, apresentam deficiência que muitas vezes passam despercebidas: não estão totalmente adaptadas para entendimento de cegos e surdos.

As reclamações são de integrantes de associações que defendem os interesses e trabalham para melhorias nas condições de vida desse público. No Brasil, cerca de 27 milhões de pessoas (14% da população) têm algum tipo de deficiência (mental, física ou audiovisual).

Segundo senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do ano 2000, existem no País 148 mil cegos e 2,4 milhões de cidadãos com grande dificuldade de enxergar. Os surdos são 166 mil e 900 mil têm dificuldade avançada de audição.

As principais queixas dos cegos são o despreparo dos políticos e de seus assessores e marqueteiros, pois nas propagandas sequer falam seus nomes e números. Já os surdos reclamam da ausência de tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) das inserções publicitárias dos candidatos.

Essa situação ocorre porque a legislação eleitoral é falha e não prevê a adaptação das publicidades. O parágrafo 1º, do artigo 44, da lei 9.504/97 versa que "a propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar a Libras ou o recurso de legenda, que deverão constar obrigatoriamente do material entregue às emissoras".

Nesse sentido, o vice-presidente Institucional da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), Carlos Ferrari, avalia que as propagandas de candidatos são "precárias".

"O áudio-descrição poderia ser inserido na tela. Esse recurso é fácil de ser implementado. Pode ser ativado pelo telespectador ao apertar a tecla SAP do controle remoto. As imagens que passam nos anúncios televisivos são descritas por um locutor, para que o cego saiba o que está passando naquele momento", sugere Ferrari, deficiente visual de nascença, que ficou totalmente cego aos 7 anos. "Por um lado, é a limitação que a democracia não dá conta e não se preocupa. E por outro, é descaso com 27 milhões de pessoas", completa.

Para a instrutora da Associação de Surdos de São Paulo Tânia Regina Camargo as propagandas deveriam ter as duas ferramentas: legenda e quadro de tradução em Libras, e não uma coisa ou outra, como rege a lei. "Assim fica difícil decidir pelo voto. Por mais que lutamos para inclusão nos processos, os avanços ainda são poucos."

fonte:http://www.dgabc.com.br/News/5829297/horario-eleitoral-na-tv-nao-contempla-deficiente.aspx

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Implante Coclear, o que é dito nos estudos de linguagem




Saudações!
Voltando de um feriado maravilhoso, cercado de tempo em casa, com direito à filme, marido, pipoca e brigadeiro de microondas, volto novamente à realidade da correria.
Bom, participo de um grupo de pesquisa em Surdez e Cognição, e estamos iniciando juntamente com os graduandos de Fono mais uma pesquisa sobre surdez.
Agora estamos estudando sobre o Implante Coclear e a influência da mídia sobre Implante x Surdez.
Lemos um texto, que vamos discutir amanhã sobre duas crianças implantadas e a pesquisa da Dra, Ana Paula Santana, que já foi minha professora, sobre o processo de linguagem antes e depois do implante. Segue o texto em pdf, vale a pena ler.
Conheço as duas partes (ou tem mais?) da moeda em relação ao implante, conheço surdo que fizeram o implante, mães de crianças surdas implantadas e surdos adultos que vão contra o implante.
Nesse texto, a Dra. Ana Santana explica mais sobre o implante, que é uma tecnologia da Audiologia, diretamente relacionado à audição, porém as questões de linguagem precisam ser discutidas.
As análises realizadas demonstraram que o implante coclear pode possibilitar a audição e, com isso, a aquisição da linguagem oral. Mas não é o único fator a ser considerado nesse processo. Outros fatores, como a qualidade das interações sociais, são também significativos e têm um papel crucial na constituição da criança como sujeito da linguagem.” (Santana, 2005)
Segundo os fonoaudiólogos que recebem cada vez mais surdos implantados nos consultórios, o dispositivo realmente funciona, pois ele possibilita que a cóclea funcione e aumente as possibilidades de ouvir sons ambientais e sons de fala.
Ela mostra dois meninos que tiveram acompanhamento de fono após a ativação dos eletrodos.
Para que se possa analisar a linguagem oral do surdo é importante considerar não apenas a fala do surdo, mas a sua fala no momento de interação com o outro, seja ele surdo ou ouvinte.” (Santana, p.235, 2005)
Essa interação que faz a diferença na aquisição da linguagem em crianças pequenas, pois muitos familiares acreditam que o filho vai se tornar ouvinte depois da ativação porém, o cérebro passa por um processo de reorganização, para que um cérebro “surdo” possa ouvir, pois até então, o principal canal de recepção linguística é a visão.
“Adquirir linguagem implica bem mais que uma produção articulatória, bem mais que um aprendizado baseado na repetição ou mesmo simples imitação. Usar a língua, quer seja na modalidade oral ou de sinais, é um trabalho.” (Santana, p.235, 2005).
Como disse, é uma tecnologia da audição e não da linguagem, ou seja, há recepção dos sons, porém, a interação com língua é de suma importância, para que :
1-      Possa significar os sons que escuta
2-      Possa ter interesse em falar, com um interlocutor que faça falar
3-      Ter uma língua estrutura, seja em sinais ou oral para se comunicar com os interlocutores
4-      Que viva em um lugar nessa família que a linguagem faça parte de rotinas significativas.
No exemplo, há um menino que a família não em paciência em escutar sua fala, pois aos ouvidos da família, ele fala sempre errado, não vê a possibilidade comunicativa que é feita pela linguagem não-verbal com gestos e indicações. Portanto, se tudo o que fala não está certo, não tem necessidade de falar. A tecnologia está lá, mas não tem com quem falar. No segundo exemplo, a família realmente escuta o menino, interpreta o que ele diz, ele sente que, as pessoas da sua família se importam com o que ele tem a dizer, e não apenas se a articulação está certa ou errada. 
Último pensamento:
“É por  isso que o implante coclear também surge como uma tecnologia importante para que se possa oferecer ao surdo a possibilidade de ouvir e falar. Entretanto, é um equívoco acreditar que “para falar basta ouvir”. A linguagem não é só audição, mas também interação e subjetividade.” (Santana, p.242, 2005).
Belíssimo trabalho!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Matando um leão digital por dia!!!


Bom, minha dissertação de Mestrado deu um giro de 180 graus, tive que ampliar minha pesquisa para o maior número de indivíduos possíveis, isso significa mais horas na frente do computador... além de analisar mais criticamente sobre o que se diz sobre a surdez na Internet.
Matando um leão digital por dia!!!

animais estranhos e raros

Um coisa que me encanta são os animais diferentes que existem no nosso planeta... segue uma lista deles...


Top 10: Animais estranhos e raros

Saiba mais sobre alguns dos bichos esquisitos que ainda estão vivos entre nós

por Redação Galileu
O site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós, mas muitos deles estão ameaçados de extinção.
A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat natural dos bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2. Veja a lista abaixo:
10. Proteus anguinus
  DivulgaçãoÉ um anfíbio cego muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.
9. Tremoctopus violaceus
Editora Globo
Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.

>> Top 10: filmes de animais assassinos

8. Centrolenidae
Editora Globo
As rãs desta família são caracterizadas pela pele quase transparente. Vivem em florestas úmidas da América Central e do Sul. Também conhecida como rã de vidro, quase todos os seus órgãos são aparentes.

7. Psychrolutes marcidus
Editora Globo
O blobfish, ou o peixe mais feio do mundo, é raramente encontrado vivo. Habitante das águas profundas do mar da Austrália e Tasmânia, tem consistência gelatinosa e densidade levemente menor que a da água, assim é quase levado por ela e usa pouco seus músculos flácidos.
6. Archaeidae
Editora Globo
Uma família de aranhas com que só come outras aranhas. A forma estranha, composta por pescoço e pinças alongadas ajuda na caçada. Conhecidas como aranhas assassinas ou pelicanos, são encontradas na Austrália, Madagascar e África do Sul.
5. Sternoptychidae
Editora Globo
Esta família de peixe habita quase todos os oceanos, menos os de água mais gelada. Como proteus e blobfish, também vive em ambientes escuros. Conta com órgãos produtores de luz dos lados para enganar predadores.
4. Kiwa hirsuta
Editora Globo
Este caranguejo peludo é coberto, na verdade por cerdas semelhantes às de camarões. Ele usa suas cerdas para filtrar a água ao seu redor. Cego e incolor, também vive na escuridão.
3. Phycodurus eques
Editora Globo
Este dragão marinho é um peixe que vive disfarçado de alga. Vive na Austrália flutuando em águas superficiais. Por ser muito camuflado, caça por emboscada. Atualmente encontra-se ameaçado.
2. Uroplatus phantasticus
Editora Globo
Mais conhecida como lagartixa satânica com cauda de folha, a espécie acima é natural da ilha de Madagascar. Mas, como vários animais da região, corre risco de ser extinta por causa da destruição de seu habitat e caça feita por colecionadores. A lagartixa usa sua aparência para camuflagem e, apesar do olhar satânico, só se alimenta de insetos.

1. Hemeroplanes cartepillar
Editora Globo
Parece, mas não é cobra. Trata-se de uma lagarta pouco conhecida e dificilmente avistada que vive nas florestas úmidas do México e América Central. Normalmente ela n”ao tem essa aparência assustadora, mas, quando é ameaçada, ganha as cores e o formato de uma cobra. Além de mimetizar cores, olhos e o formato da cobra, a lagarta simula ataques – inofensivos, já que ela não é venenosa. Esta lagarta fantasiada de cobra está muito ameaçada de extinção por causa do desmatamento. 
fonte:http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI165050-17770,00-TOP+ANIMAIS+ESTRANHOS+E+RAROS.html